segunda-feira, 23 de maio de 2011

Epífora congênita nos pacientes com síndrome de Down.(fich.1)

Christiane C.S.; Wilson T.H; Vital.F; Marcos C; Joelice dos S.A. Epífora congênita nos pacientes com síndrome de Down. Arq. Bras. Oftalmol. vol.70 no.3 São Paulo May/June 2007


         No presente artigo o autor analisa Identificar as causas de epífora congênita em pacientes com síndrome de Down.
        Foram analisados os prontuários de 695 pacientes com epífora congênita, atendidos no Ambulatório de Vias Lacrimais da Clínica Oftalmológica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, de outubro de 1989 a julho de 2005. Todos foram previamente submetidos a exame oftalmológico completo e apresentavam como queixa principal epífora e/ou secreção ocular constante, uni ou bilateral, desde o nascimento. Os pacientes foram divididos em: grupo A, 30 pacientes com síndrome de Down, e grupo B, 665 pacientes controle. A avaliação das vias lacrimais foi realizada com a prova de irrigação sob anestesia geral. Sintomas bilaterais de epífora e/ou secreção ocular constante foram encontrados em 25 pacientes (83,33%) do grupo A e em 335 pacientes (50,38%) do grupo B . Os dois grupos são semelhantes quanto à idade em anos, sexo e raça; com respectivos resultados estatísticos.
           Sintomas bilaterais de epífora e/ou secreção ocular constante foram encontrados em 25 pacientes (83,33%) do grupo A e em 335 pacientes (50,38%) do grupo B.
A irrigação das vias lacrimais foi realizada em ambos os olhos, mas consideramos como dados do trabalho o resultado da irrigação apenas nos olhos com epífora e/ou secreção ocular constante. Foram estudados então 1.056 olhos, sendo 55 do grupo A e 1.001 do grupo B.
A obstrução anatômica das vias lacrimais foi encontrada em 18 olhos do grupo A (32,73%) e 822 olhos do grupo B (82,11%)
         A agenesia ou imperfuração do ponto lacrimal foi encontrada em 34 pacientes do grupo B e em nenhum paciente do grupo A. Esses pacientes foram classificados como portadores de obstrução anatômica das vias lacrimais.
         Esse artigo deixa claro que a maioria das causas de epífora congênita em pacientes com síndrome de Down é decorrente do bloqueio funcional da bomba lacrimal, diferente do que ocorre em pacientes sem a síndrome, em que a principal causa é a obstrução anatômica das vias lacrimais. Acreditamos que a propedêutica das vias lacrimais deva ser realizada nos pacientes com síndrome de Down, quando houver queixas, pois a obstrução anatômica pode estar presente, necessitando de diagnóstico e tratamento precoce.

Nenhum comentário:

Postar um comentário