texto retirado do blog do diario do nordeste
Neste momento, já não há mais dúvida de que o desenvolvimento econômico e social do Ceará – e o do Brasil como um todo – está a exigir mão de obra altamente qualificada. Assim, surpreendeu a “Nota à Sociedade Caririense”, publicada sexta-feira, 3, no Diário do Nordeste, pela Plenária do Conselho Regional de Odontologia do Ceará (CRO-Ce), contendo severa crítica à criação – autorizada pelo Ministério da Educação – do Curso de Odontologia na Faculdade Leão Sampaio, na cidade de Juazeiro do Norte. O CRO-Ce levanta uma questão: os quatro cursos de Odontologia já existentes no Ceará ofertam, anualmente, 330 vagas em seus vestibulares. Como se explica que o primeiro vestibular do novo e quinto curso ofertará, sozinho, 200 vagas? Esse número significa – segundo a nota – “um aumento na oferta da ordem de 60%, se o vestibular for anual, e de 120%, se acontecerem dois vestibulares”. No Cariri – onde atua a Faculdade Leão Sampaio – o mercado da odontologia já conta com 500 profissionais em plena atividade. O CRO-Ce chega a perguntar: “Qual o objetivo de um curso de graduação calcado no paradigma restaurador, enquanto a necessidade da sociedade é de profissionais da saúde, promotores de saúde?” E lembra que um bom curso de graduação deve oferecer a seus alunos experiência de residência junto ao SUS, o que não é fácil hoje. Pelo seu ineditismo, o tema vai suscitar debates.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir