domingo, 26 de junho de 2011

ATAQUES COM AGULHAS CONTAMINADAS COM VÍRUS HIV.

Algumas semanas atrás, num teatro, uma pessoa sentiu algo cutucando no seu assento. Quando se levantou viu que era uma agulha onde ressaltava uma pequena nota: ‘Você acaba de ser infectado com HIV’.
O Centro de Controle de doenças (em Paris) já havia informado igualmente sobre muitos casos semelhantes ocorridos em muitas outras cidades, todos os testes destas agulhas deram Positivos em HIV. O Centro também relatou que foram achadas outras agulhas em caixas 24 horas e outras máquinas bancárias públicas.
Nós pedimos para todo mundo usar de precaução extrema quando enfrentar este tipo de situação, todos os assentos públicos devem ser inspecionados com a maior vigilância e devemos estar acautelados antes de usá-los. Recomenda-se uma boa e cuidadosa inspeção visual, além disso, é importante que cada um de nós passe esta mensagem para todos os nossos familiares, amigos e conhecidos sobre este perigo potencial.
Recentemente, um doutor narrou um exemplo um pouco semelhante que aconteceu com um dos seus pacientes no Cinema de Priya em Delhi.
Uma menina jovem, comprometida e prestes a se casar em poucos meses, foi picada enquanto via um filme no cinema..
Na etiqueta que vinha com a agulha estava uma mensagem escrita: ‘Bem-vindo ao Mundo da Família HIV’.
Os doutores ainda falaram para a família que levaria aproximadamente 6 meses antes do vírus se tornar forte o bastante para ir danificando o sistema imunológico, e que ela teria ainda uma vida saudável e poderia sobreviver aproximadamente 5-6 anos ou até mais. Mesmo assim, a menina morreu em 4 meses, talvez mais por causa do ‘pensamento e do choque’.
Portanto, todos nós temos devemos ter bastante cuidado dos lugares públicos, e pedir , que Deus nos ajude!
Já aconteceram cinco casos em Belo Horizonte, isso mesmo, bem perto de nós, vamos ficar alertas em casas de shows, estadio de futebol, enfim, olho vivo.
Por enquanto, pense em salvar uma vida remetendo esta mensagem a todos que lhe são queridos.
Fonte: Desconhecido. Alerta recebido por e-mail.
NÃO CUSTA NADA DIVULGAR... 

domingo, 5 de junho de 2011

ENTREVISTA

ENTREVISTADO: Biólogo Jeanderson Souza
Bacharel em Ciências Biológicas, com ênfase em Genética, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2006). Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2009). Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (2009) e Especialista em Biologia Celular pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2010). Mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Tem experiência na área de Genética, Sistemática Molecular, Microbiologia, Micologia, Saúde Pública. 

1-Em que pesquisa está trabalhando?
2-Em que área da genética ela está envolvida sua pesquisa?
3-O que lhe motivou a seguir está pesquisa?
4-Qual a duração de sua pesquisa?
5-Quantas pessoas estão envolvidas em sua pesquisa?
6-Qual o beneficio que sua pesquisa trará?

R: 1- Estou trabalhando com avaliação de danos genéticos, apoptose e necrose relacionado ao uso de esteróides androgênicos.

R: 2- A pesquisa está inclusa dentro da Genética Toxicológica, que é á área que estuda o efeito danoso sobre o DNA provocado pela exposição a um determinado mutágeno, além do risco de desenvolvimento de câncer a partir desta exposição.

R: 3- O uso crescente destes hormônios e sua popularização, principalmente, entre a população jovem, constituindo-se em um problema de saúde pública.

R: 4- 24 meses.

R: 5- Três (eu, orientadora e coorientador).

R: 6- Esclarecer a controvérsia de estudos anteriores sobre um possível efeito genotóxico destas substâncias. Além, de obter informações que possam subsidiar futuras intervenções sanitárias e educativas em relação à população!

sábado, 4 de junho de 2011

SÍNDROME DOWN

Artigo de Revisão

SÍNDROME DOWN: DIAGNÓSTICO, PATOGÊNESE E INCLUSÃO SOCIAL

Valdemir Evaristo da Silva
Disciplina: Genética e evolução – Prof. Dr. Flávio Furtado de Farias

Resumo

A Síndrome Down (SD) é uma anomalia cromossômica decorrente da trissomia do cromossomo 21 e outros fatores, mais especificamente da trissomia da banda cromossômica 21q22, referente a 1/3 desse cromossomo, responsável pelas características da síndrome.
Os avanços alcançados pela ciência estão contribuindo para o entendimento da SD e para aumento na expectativa de vida destas pessoas, através de vários tipos de terapias e da inclusão na sociedade.
Neste artigo, serão discutidos o diagnóstico pré-natal, patogênese e questões que envolvem a inclusão social das pessoas com SD.

Palavras-chave: síndrome Down, diagnótico prenatal, inclusão social, Patogênese.


Introdução
           
A Síndrome de Down é uma anomalia genética causada por um acidente genético que pode ocorrer no óvulo, no espermatozóide ou após a união dos dois, provocando uma alteração cromossômica. Ocorre quando crianças nascem dotadas de três cromossomos 21, e não dois, como é comum. Isso leva à produção exagerada de proteínas, o que acaba por desregular a química do organismo e provoca sérios problemas. Embora, mais recentemente, alguns autores admitam também que parte das alterações possa ser devido à diminuição da expressão de determinadas proteínas, pois a dose extra de DNA, produziria microRNAs que reduziriam a expressão destas proteínas. A denominação da síndrome vem do sobrenome do médico Britânico John Langdon Down, que no ano de 1866 fez uma observação interessante a respeito da existência de um grupo de pessoas na sociedade até então ignorado, mas equivocadamente os comparou a indivíduos oriundos da Mongólia. Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com esta disfunção, mas essa essa condição fica muito mais frequente com a idade materna avançada. Assim, em torno dos 20 anos é de 1:1.500, aumentando para 1:380 aos 35 anos e para quase 1:28 aos 45 anos.
Atualmente observa-se um aumento significativo da sobrevida dos portadores de SD. Isso se deve ao desenvolvimento de técnicas cada vez mais sensíveis e específicas de diagnóstico laboratorial e de tratamentos e terapias mais efetivas.
Assim, esse artigo objetiva discutir com uma visão geral sobre a Síndrome de Down que incluem o diagnóstico prenatal, patogêneses da SD e reflexões sobre inclusão social.

Diagnóstico prenatal 

O diagnóstico prenatal permite, durante a gravidez, saber se o feto é ou não portador da SD. Durante o pré-natal realiza-se uma triagem com um exame do soro sangüíneo, e paralelamente algumas medidas específicas através de exame de imagem do feto por meio ultrassonográfico. Caso haja alteração nestas medidas, os pais do bebê em conjunto com o médico assistente podem realizar os chamados exames invasivos. Dentre eles podemos citar os três métodos mais utilizados: coleta de vilosidades coriônicas (a partir da 9ª. semana de gestação), aminiocentese (a partir da 14ª. semana de gestação) e cordocentese (a partir da 18ª. semana de gestação). Através destes últimos exames o médico é capaz de realizar o cariótipo fetal, exame citogenético de grande precisão. 
         Muitos acreditam que o futuro do diagnóstico prenatal está no uso do DNA das células fetais presentes no sangue materno, uma vez que seria uma técnica “não-invasiva”, rápida e precisa. Entretanto, alguns obstáculos ainda devem ser superados, a exemplo da incompatibilidade materno fetal.
O diagnóstico prenatal esta sob constante mudança, com aplicação de conhecimentos e novas tecnologias, para alcançar uma técnica apurada e eficaz de diagnóstico.


Patogêneses da SD

       Desvendar como os diversos genes influenciam no fenótipo da SD ainda é uma tarefa muito difícil. Porém, avanços na ciência, principalmente no que diz respeito à genética e à biologia celular e molecular, estão conduzindo-nos à compreensão de vários aspectos relacionados aos mecanismos genéticos inerentes a esta síndrome.
A análise do cromossomo 21, o menor dos autossomos humanos, revelou que contém cerca de 255 genes, de acordo com dados recentes do Projeto Genoma Humano. A trissomia da banda cromossômica 21q22, referente a 1/3 desse cromossomo, tem sido relacionada às características da síndrome. A elaboração do mapa fenotípico, associando características específicas com sub-regiões do cromossomo 21, mostra que, entre os produtos gênicos conhecidos, só a APP (proteína precursora amilóide) foi decisivamente relacionada a alterações cognitivas característicos da síndrome de Down. Dos genes mapeados no segmento cromossômico crítico, apenas 22 foram clonados e poucos demonstram relação com a síndrome de Down.
No entanto, a hipótese de que alguns das características fenotípicas da síndrome Down devam ser atribuídas não há genes específicos, mas a sobre ou sub expressão de um domínio cromossômico completo, também, tem sido formulada. E, mais recentemente, a literatura relata a participação do microRNAs na regulação de produção de proteínas, abrindo uma nova vertente de pesquisas, e possibilidades terapêuticas.
Mas as observações descritas indicam que a síndrome down não pode ser caracterizada apenas como condição genética pois uma explicação gene-centrica não da conta de todos seus aspectos. Aspectos epigenéticos também podem estar envolvidos no desenvolvimento dos caracteres.




Inclusão social do SD

 O nascimento de uma criança é sempre uma expectativa, um sonho projetado ainda no período da gestação. Todos esperam uma criança com saúde e dentro da normalidade determinada pelos padrões sociais. A chegada de um bebê com Síndrome de Down não é planejada e a frustração preconceitos referentes à síndrome guiarão a acolhida dessa criança no seio da família.
 A essa nova vida que chega com SD tem que ser estimulada o mais cedo possível para  desenvolvimento de sua vida alcançando metas no desenvolvimento motor, social e cognitivo. Outra forma muito importante, tanto de inclusão como de melhora das dificuldades fisiológicas do portador da SD são as terapias fisioterápicas, pedagógicas, fonoterápicas e a prática de atividades físicas.
Um acopanhamento de um dentista é de suma importância, pois um portador de SD apresenta manifestações na cavidade bucal podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua.
A inclusão de um SD passa por muita dificuldade por haver um grande preconceito principalmente quando se trata da sexualidade do SD. O silêncio e a repressão são formas negativas de lidar com a sexualidade. Em contrapartida, a educação sexual, inserida no contexto da educação global do indivíduo, estimula a evolução do desenvolvimento psicossexual, possibilitando a aceitação de regras sociais e a definição de valores sexuais que certamente contribuem para inclusão social da pessoa com SD.
Uma importante área que precisamos entender e participar ativamente são a inclusão social dessas pessoas, pois apesar dos progressos da sociedade em relação à SD, mas preconceito ainda existe.

Referências Bibliográficas

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CARSWELL, W. A.  Aspectos genéticos e sociais da sexualidade em pessoas com síndrome de Down.   Rev. Latino-Am. Enfermagem. 1(2): 113-128,1993.
CASTELÃO, T. B.; SCHIAVO,  M. R.; JURBER, G. P.. Sexualidade da pessoa com síndrome de Down. Rev Saúde Pública. 37(1): 32-9, 2003.
CUNHA, A. M. F. V.; BLASCOVI-ASSIS, S. M.; FIAMENGHI JR, G. A. Impacto da notícia da síndrome de Down para os pais: histórias de vida. Ciênc. saúde coletiva 15(2): 445-451, 2010.
ELTON, T.S.; SANSOM, S. E.; MARTIN, M. M. Trisomy-21 gene dosage over-expression of miRNAs results in the haploinsufficiency of specific target proteins. RNA Biol.7(5):540-7, 2010.
Gardiner, K. et al.. Down Syndrome: From Understanding the Neurobiology to Therapy.J Neuroscience. 30(45): 14.943-5, 2010.
GRILLO, L. B. N.; ACÁCIO, G. L.; BARINI, R.; PINTO JR., W.; BERTUZZO, C. S. Mutações no gene da metilenotetrahidrofolato redutase e síndrome de Down. Cad. Saúde Pública. 18(6): 1795-1797, 2002.
LEITE, M. F. M. P.; GIANISELLA, R. B.; ZIELINSKY, P.. Anomalia de Ebstein detectada in utero e síndrome de Down. Diagnóstico pré-natal de uma combinação rara. Unidade de Cardiologia Fetal - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul - Fundação Universitária de Cardiologia.  2004
 LIPP, L. K.; MARTINI, F. O.; OLIVEIRA-MENEGOTTO, L. M. Desenvolvimento, escolarização e síndrome de Down: expectativas maternas. Paidéia. 20(47): 371-379, 2010.
 LUIZ, E. C.; KUBO, O. M. Percepções de jovens com Síndrome de Down sobre relacionar-se amorosamente. Rev. bras. educ. espec. 13(2): 219-238, 2007.
MOREIRA, L. M. A.; EL-HANI, C. N.; GUSMÃO, F. A. F.. A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev. Bras. Psiquiatr. 22(2): 96-99, 2000.
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NADEL, L. Down's syndrome: a genetic disorder in biobehavioral perspective. Genes, Brain and Behavior. 2(3):156-66, 2003.
OLIVEIRA, A. C.; CZERESNIA, D.; PAIVA, S. M.; CAMPOS, M.R.; FERREIRA, E. F.. Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down. Rev. Saúde Pública. 42(4): 693-699, 2008. 
P JUNIOR, W. Diagnóstico pré-natal. Rev Ciênc saúde colet. 7(1):139-57, 2002.
QUINTÃO, D. T. R. Algumas reflexões sobre a pessoa portadora de deficiência e sua relação com o social. Psicol Soc.  17(1): 75-80, 2005.
 SOMMER, C. A.; HENRIQUE-SILVA, F. Trisomy 21 and Down syndrome - A short review. Braz. J. Biol. 68(2): 447-452, 2008

segunda-feira, 23 de maio de 2011

DIVULGAÇÃO DO MEU VÍDEO FOI FEITA POR:

Isabela fechine

Felipe arújo

Flavio futado

Ismael luna

layanna leite

Felipe gouveia

Alencar segundo
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Raquel Alencar
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Aspectos metabólicos e funcionais do zinco na síndrome de Down(fich.10)

Raynério Costa, Marques; Marreiro, Dilina do Nascimento - Aspectos metabólicos e funcionais do zinco na síndrome de Down -  Rev. Nutr. 19(4): 501-510, ND. 2006 Aug.

       No presente artigo relata os aspectos funcionais do zinco, bem como a participação desse mineral nas alterações metabólicas presentes em indivíduos portadores de Síndrome de Down . Vários trabalhos têm demonstrado alterações na distribuição tecidual de zinco em indivíduos que apresentam Síndrome de Down (SD), o que exerceria papel de extrema relevância em grande parte das manifestações clínicas dessa síndrome.
        A avaliação do estado nutricional relativo ao zinco em indivíduos portadores de SD, tem sido conduzida utilizando diversos parâmetros bioquímicos, quais sejam: plasma, soro, cabelo, saliva, eritrócito e urina,
observaram baixa concentração plasmática de zinco em crianças com SD. Assim como esse, outros estudos também demonstram reduzidas concentrações de zinco no cabelo, soro e plasma de indivíduos portadores dessa síndrome .
        O interesse pelo desenvolvimento de estudos sobre zinco e Síndrome de Down baseia-se no fato desse mineral ser importante para várias funções orgânicas, as quais encontram-se alteradas em indivíduos portadores dessa síndrome, como, por exemplo, aquelas desenvolvidas no sistema imune, endócrino e hematológico.
      Os estudos que relacionavam esse mineral com a Síndrome de Down sugeriam que as alterações encontradas na sua distribuição tecidual estariam relacionadas com distúrbios na atividade dos hormônios da tireóide, principalmente no que diz respeito à ação desses hormônios nos tecidos.
Diversos estudos têm sido conduzidos visando esclarecer os mecanismos envolvidos nas alterações observadas nas enzimas que compõem o sistema de defesa antioxidante em pacientes com Síndrome de Down. Nesse sentido, já foi observado um aumento em torno de 50% da atividade da Cu/Zn superóxido dismutase nos eritrócitos desses indivíduos, devido à expressão aumentada do gene em células de pacientes com a presença adicional de um cromossomo 21
           Existem evidências experimentais que demonstram alterações na distribuição do zinco em organismos de indivíduos portadores da Síndrome de Down, bem como distúrbios bioquímicos, metabólicos e/ou hormonais, manifestados pela deficiência desse mineral. Várias pesquisas mostram os resultados promissores da suplementação com zinco na melhora de quadros clínicos, como o hipotireoidismo subclínico e alterações do sistema imune. Novos estudos sobre os mecanismos de interação do zinco diretamente com as enzimas que participam da conversão dos hormônios tireoidianos, ou influenciando a produção de citoquinas que participam do sistema imune, poderão fornecer bases para o entendimento bioquímico da interação desse mineral com as alterações hormonais e imunológicas na Síndrome de Down. O desdobramento desse conhecimento poderá nortear outros ensaios clínicos para estabelecer o potencial terapêutico do zinco sobre o hipotireoidismo, o estresse oxidativo e a deficiência do sistema imune.

 

Alterações Eletrencefalográfricas na síndrome de down (Fich. 9)

 ÓBREGA, ANA MOEMA PEREIRA DA; NUNESMAIA, HENRIQUE GIL DA SILVA; VIANA, NANCY DE OLIVEIRA; FILGUEIRAS, MARCOS AURÉLIO SMITH. Alterações Eletrencefalográfricas na síndrome de down
Arq. Neuro-Psiquiatr. 57(3A): 580-586, FIG TAB. 1999 Sep

        No presente artigo O objetivo geral deste trabalho foi identificar parâmetros epidemiológicos e eletrencefalográficos acompanhados ou não de crises epilépticas em pacientes institucionalizados com diagnóstico clínico de SD. Os objetivos específicos foram avaliar a ocorrência de alterações eletrencefalográficas e as associações com crises epilépticas; comparar as proporções encontradas de EEG alterados em pacientes com SD, com as proporções de outras populações semelhantes.
        A amostra foi constituída de 77 indivíduos naturais do Estado da Paraíba, com diagnóstico clínico de SD, de ambos os sexos, independente da faixa etária, em atendimento na Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (FUNAD) e no Ambulatório de Genética Médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) ambos situados na cidade de João Pessoa-PB, no período de março de 1996 a junho de 1997.Dos77 portadores da SD confirmados clinicamente, 50,6% foram do sexo masculino e 49,3% do sexo feminino sendo a razão de sexo 1,02. A faixa etária variou de 0 a 38 anos de idade, sendo que a maior concentração de pacientes ocorreu entre 0 e 5 anos (42,8%).
Dos pacientes estudados, 74% possuíam características fenotípicas predominantes do grupo racial caucasóide, 25,9% do grupo negróide. Dentre os pacientes com epilepsia, 16,7% pertenciam ao grupo negróide. No grupo estudado, seis indivíduos (5,4%) foram considerados portadores de epilepsia de acordo com os critérios diagnósticos estabelecidos. Três pacientes eram do sexo masculino e três do sexo feminino, com idades variando de 4 meses a 28 anos. Destes seis pacientes, cinco apresentaram padrão eletrencefalográfico alterado. Todos estavam em uso de medicação anticonvulsivante por ocasião deste estudo. O início das crises epilépticas ocorreu de forma precoce no primeiro ano de vida em 50% dos indivíduos, e dos 12 aos 25 anos nos outros três pacientes restantes. A idade média de início das crises nos seis pacientes foi 8,67 anos.
            Houve predomínio das crises generalizadas (83,3%) e, dentre estas, as crises tônico-clônicas ocorreram em 50% dos pacientes e as crises tônicas e os espasmos infantis foram diagnosticados em apenas um (16,7%) dos indivíduos respectivamente. Um dos pacientes que apresentou espasmos infantis aos seis meses de idade evoluiu para crises tônico-clônicas generalizadas a partir dos 25 meses. As crises parciais simples com sintomas autonômicos foram detectadas também em apenas um paciente (16,7%), a partir dos 12 anos de idade.O EEG foi realizado em 77 portadores de SD. Nos pacientes sem crises que realizaram EEG (n=71), 11 cursaram com alterações. Sete pacientes apresentaram descargas epileptiformes, predominando as ondas agudas em seis destes, e ponta-onda e poliponta-onda em apenas um. Atividade lenta difusa e/ou focal foi detectada em quatro pacientes.
Nos pacientes com epilepsia (n=06) o EEG apresentou alterações do padrão em cinco destes e padrão normal em apenas um.
    Os principais resultados do presente estudo são:
1. A prevalência estimada da epilepsia em portadores da síndrome de Down foi 54/1000.
2. A idade média de início da epilepsia foi 8 anos, sendo que 83,3% dos casos iniciaram em pacientes com idade igual ou menor que 15 anos.
3. Todos os pacientes da amostra realizaram EEG; destes 20,7% apresentaram EEG alterado, dos quais 31,3% cursavam com epilepsia.
4. Crises generalizadas do tipo tônico-clônicas ocorreram em 50% dos casos.
Estes resultados reforçam a concepção atual de indefinição do padrão eletrencefalográfico na SD, além de constatar um percentual elevado de EEG alterado nestes pacientes, tanto nos que cursavam com epilepsia (83,3%) quanto naqueles sem epilepsia (15%).
As crianças portadoras de SD e epilepsia devem ser avaliadas com critérios bem definidos para se determinar se existe alguma associação tal como com acidente vascular cerebral ou infecção, entre outras.
 .

A genética das epilepsias(fich. 8)

Lopes–Cendes I. The genetics of epilepsies. J Pediatr (Rio J). 2008;84(4 Suppl):S33–39.

       No presente artigo o autor Discutir alguns dos aspectos genéticos clínicos e moleculares de novas descobertas no campo da genética das epilepsias e relacioná–las com indicações importantes para a melhor compreensão dos mecanismos subjacentes a algumas síndromes epilépticas monogênicas. As epilepsias são alguns dos distúrbios neurológicos mais comuns. Sua prevalência atinge 1–1,5% da população geral e, portanto, a doença é considerada um sério problema de saúde pública. A revolução da genética molecular permitiu uma nova compreensão das epilepsias idiopáticas humanas. . Recentemente, foi sugerido um papel importante para os canais iônicos voltagem–dependentes e ligação–dependentes na etiologia de muitas síndromes epilépticas. Até o momento, os genes que codificam as subunidades de canais de sódio e potássio, assim como as subunidades receptoras colinérgicas nicotínicas, foram identificados para epilepsias idiopáticas mendelianas.
       Diversos estudos descreveram as manifestações clínicas da epilepsia em famílias individuais ou em conjuntos de famílias. Estes estudos são interessantes porque mostram toda a gama de sintomas possíveis que diferentes pacientes dentro de famílias individuais podem apresentar, o que dá uma idéia bastante precisa da variabilidade clínica das síndromes específicas. No entanto, provas da contribuição genética para a epileptogênese só são possíveis quando os genes responsáveis são localizados. Mas  apenas uma pequena porção das síndromes epilépticas têm um gene causativo identificado, o que representa uma parte muito pequena de todas as epilepsias descritas. No entanto, há boas chances de elucidar os mecanismos básicos da epileptogênese, especialmente a base genética para a expressão patológica em regiões cerebrais localizadas. É muito interessante observar que, apesar da pressuposição comum que há um efeito genético maior em epilepsias generalizadas, houve mais progresso na localização dos genes para epilepsias focais do que para epilepsias generalizadas.
        Em suma, os últimos anos viram progressos significativos na compreensão da genética das epilepsias. As pesquisas nesta área estão avançando rapidamente, e os genes que aumentam os riscos para novas síndromes certamente serão descobertos no futuro próximo. Estas informações serão críticas para o esclarecimento da patogênese e da definição das síndromes com contribuições genéticas importantes.

Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down.(Fich. 7)

Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira. - Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down - Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 
       
        
           No presente artigo o objetivo do estudo foi analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.

          A equipe de profissionais envolvida no cuidado à criança com síndrome de Down deve considerar o papel da odontologia na conquista de melhores condições de vida para esta parcela da população. A saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade quando comparada aos cuidados médicos dedicados ao indivíduo  acometido pela síndrome. Conforme ressaltaram Kaye et al (2005), não é aconselhável que os profissionais que cuidam de pacientes com síndrome de Down deixem os problemas ligados à cavidade bucal em segundo plano.
     Considerando-se as diversas manifestações sistêmicas e bucais presentes na síndrome de Down, é primordial que a população acometida seja assistida de forma integral pela equipe de saúde, incluindo a atenção odontológica. Tendo como perspectiva a prática da integralidade do atendimento, o presente estudo teve por objetivo analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.
          O exame clínico bucal foi realizado por uma das autoras (ACO) auxiliada por uma anotadora.O diagnóstico de cárie dentária foi baseado nos critérios clínicos estabelecidos pela OMS ao se identificar a ausência ou presença de pelo menos uma lesão de cárie dentária. A existência de maloclusão foi diagnosticada com base em estudos anteriores: indivíduos diagnosticados com pelo menos um caso de mordida em topo, mordida cruzada posterior/anterior, mordida profunda, mordida aberta anterior ou sobressaliência. A amostra foi composta pelas mães que concordaram com a realização do exame clínico do filho.
         Semelhantemente aos achados de outros estudos, o presente estudo mostrou que a maior parte das crianças e adolescentes já tinha sido submetida a alguma avaliação odontológica em determinado momento de suas vidas.
         Para alguns autores, acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua.
Em conclusão, a atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.
Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira. - Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down - Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 
       No presente artigo o objetivo do estudo foi analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.

 A equipe de profissionais envolvida no cuidado à criança com síndrome de Down deve considerar o papel da odontologia na conquista de melhores condições de vida para esta parcela da população. A saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade quando comparada aos cuidados médicos dedicados ao indivíduo  acometido pela síndrome. Conforme ressaltaram Kaye et al (2005), não é aconselhável que os profissionais que cuidam de pacientes com síndrome de Down deixem os problemas ligados à cavidade bucal em segundo plano.
     Considerando-se as diversas manifestações sistêmicas e bucais presentes na síndrome de Down, é primordial que a população acometida seja assistida de forma integral pela equipe de saúde, incluindo a atenção odontológica. Tendo como perspectiva a prática da integralidade do atendimento, o presente estudo teve por objetivo analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.
          O exame clínico bucal foi realizado por uma das autoras (ACO) auxiliada por uma anotadora.O diagnóstico de cárie dentária foi baseado nos critérios clínicos estabelecidos pela OMS ao se identificar a ausência ou presença de pelo menos uma lesão de cárie dentária. A existência de maloclusão foi diagnosticada com base em estudos anteriores: indivíduos diagnosticados com pelo menos um caso de mordida em topo, mordida cruzada posterior/anterior, mordida profunda, mordida aberta anterior ou sobressaliência. A amostra foi composta pelas mães que concordaram com a realização do exame clínico do filho.
         Semelhantemente aos achados de outros estudos, o presente estudo mostrou que a maior parte das crianças e adolescentes já tinha sido submetida a alguma avaliação odontológica em determinado momento de suas vidas.
         Para alguns autores, acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua.
Em conclusão, a atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.

Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndro de Down(Fch.7)

Oliveira, Ana Cristina; Czeresnia, Dina; Paiva, Saul Martins; Campos, Mônica Rodrigues; Ferreira, Efigênia Ferreira. - me Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndro de Down - Rev. Saúde Pública 42(4): 693-699, TAB. 2008 
     
         No presente artigo o objetivo do estudo foi analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.

            A equipe de profissionais envolvida no cuidado à criança com síndrome de Down deve considerar o papel da odontologia na conquista de melhores condições de vida para esta parcela da população. A saúde bucal ainda é vista com baixa prioridade quando comparada aos cuidados médicos dedicados ao indivíduo  acometido pela síndrome. Conforme ressaltaram Kaye et al (2005), não é aconselhável que os profissionais que cuidam de pacientes com síndrome de Down deixem os problemas ligados à cavidade bucal em segundo plano.
     Considerando-se as diversas manifestações sistêmicas e bucais presentes na síndrome de Down, é primordial que a população acometida seja assistida de forma integral pela equipe de saúde, incluindo a atenção odontológica. Tendo como perspectiva a prática da integralidade do atendimento, o presente estudo teve por objetivo analisar os fatores relacionados à atenção odontológica recebida por crianças e adolescentes com síndrome de Down.
          O exame clínico bucal foi realizado por uma das autoras (ACO) auxiliada por uma anotadora.O diagnóstico de cárie dentária foi baseado nos critérios clínicos estabelecidos pela OMS ao se identificar a ausência ou presença de pelo menos uma lesão de cárie dentária. A existência de maloclusão foi diagnosticada com base em estudos anteriores: indivíduos diagnosticados com pelo menos um caso de mordida em topo, mordida cruzada posterior/anterior, mordida profunda, mordida aberta anterior ou sobressaliência. A amostra foi composta pelas mães que concordaram com a realização do exame clínico do filho.
         Semelhantemente aos achados de outros estudos,3,10 o presente estudo mostrou que a maior parte das crianças e adolescentes já tinha sido submetida a alguma avaliação odontológica em determinado momento de suas vidas.
         Para alguns autores, acometimentos presentes na cavidade bucal de pessoas com síndrome de Down podem comprometer sua rotina de vida, provocando problemas de saúde, alterações comportamentais e dificuldade de interação social. Vários problemas dentários associados à síndrome de Down podem ser eliminados ou minimizados em pacientes assistidos pelo dentista ainda na fase de dentição decídua.
Em conclusão, a atenção odontológica recebida pelas crianças e adolescentes com síndrome de Down foi influenciada, além da idade, pela postura dos profissionais que as assistem, mostrando a importância desses cuidadores atuarem com uma prática de atendimento integral.